07 agosto, 2015

Ausência presente

Se for pra bater forte
Dê na cara.
Quero sentir a ardência,
Paixão, eterna doença,
Em meus lábios.
A marca, a cicatriz,
O veneno, ácido fingir
Tantos amores.

Amor para acordar.
Amor para almoçar.
Um apenas pras quintas.

Que não seja claro,
Nem escuro, nem lui,
Nem luisa, seja negro
Buraco por onde os corpos
Deslizam, chupando até
O fim do rosa existir.

Somos um limite,
Ou morte, ou sexo.
Nada mais, hiatos são
hiatos, palavras são
Palavras. Te amei,
E te amo, nunca mais
Te amarei enquanto
Não estiveres presente.