Quero ser ruído de mar
Tão suave que quase imperceptível
Tão forte e profundo
Que eternamente presente
Quero ser silêncio que procuras
Em meio ao trânsito
À tormenta, o silêncio que falta
Quando o ciúme agita
Quero ser o impossível
Mergulho profundo e refrescante
O gozo da queda
E a aventura de dormir
Quero ser o que regula tua temperatura
E te apavorar
Com a iminência de um tsunami
De te amar
Teu transtorno no verão
Teu próprio verão
Aquele que abandonas
Quando quente o mar e fria a lua
Quero ser ruído de mar
Que aos domingos chora contínuo
Não sabes se pra ti
Mas cuja lágrima azul clara rosa tem teu nome
O ruído mais suave
Mais rouco, pouco
O que prova tua ineficiência
Não sabes amar
Mais distante que o céu
Quero ser o que está dentro de ti
Na lembrança, num vai e vem
Quando te faltar pai ou estar nua
Quero ser o moreno, o frouxo
Que de tão azul, não soube ser mar
O ruído em frente ao teu quarto cantando
O dia podia ser mulher, ser melhor
Compositor, arranjador e intérprete; editor, produtor e técnico de som; responsável pela Cereja Azul; estudante de Arquivologia na UFSC e estagiário na Fundação Franklin Cascaes. Interessado em estética, ética, psicanálise e poesia.
24 maio, 2015
Sucesso
Faço o melhor da minha vida
Me entrego, sincero
Choro, nu, em público
E aqui estou
Só
Esperando o ônibus
Primeiro da madrugada
Pra que?
Ficar um pouco contigo
E tu nem aí
Grudada a cara no celular
Com quem tanto falas?
Onde querias tanto estar?
Pensei que te impressionaria
Que olharias pra mim
Mas ao fim
falo besteira
E cá estou
Tendo dado tudo de mm
Sem ser quisto por alguém
Nem por quem
Acredito
Já me amou
Quanto glamour
Viver de arte é isso
Quinze para uma
Quinta-feira
Esperando o ônibus
Estrela rocha na ilha mágica
Me entrego, sincero
Choro, nu, em público
E aqui estou
Só
Esperando o ônibus
Primeiro da madrugada
Pra que?
Ficar um pouco contigo
E tu nem aí
Grudada a cara no celular
Com quem tanto falas?
Onde querias tanto estar?
Pensei que te impressionaria
Que olharias pra mim
Mas ao fim
falo besteira
E cá estou
Tendo dado tudo de mm
Sem ser quisto por alguém
Nem por quem
Acredito
Já me amou
Quanto glamour
Viver de arte é isso
Quinze para uma
Quinta-feira
Esperando o ônibus
Estrela rocha na ilha mágica
18 maio, 2015
ciúmes
como encarno, não apenas visto
a pele,o lobo, nada mais justificável
que eu seja também agredido.
essa luta não é minha, antes
é contra o que me tornei.
posso livrar-me disto,
pergunto a chuva, pois
que a mulher
já não me quer.
a pele,o lobo, nada mais justificável
que eu seja também agredido.
essa luta não é minha, antes
é contra o que me tornei.
posso livrar-me disto,
pergunto a chuva, pois
que a mulher
já não me quer.
Calma
Calma
Com muita calma
Largo, na valsa
Em silêncio
Pra nunca alguém encontrar
Feito uma casca, um buraco
Na alma
A fala falha
A mente mente
Em silêncio
Na luta em não despertar
Se mostrar aos monstros
Sem máscara
Pra que inventar que é azar
Quando é par de meus ais
Quanto mais me afogar nesse mar de pensar
Mais perco a calma
Com muita calma
Largo, na valsa
Em silêncio
Pra nunca alguém encontrar
Feito uma casca, um buraco
Na alma
A fala falha
A mente mente
Em silêncio
Na luta em não despertar
Se mostrar aos monstros
Sem máscara
Pra que inventar que é azar
Quando é par de meus ais
Quanto mais me afogar nesse mar de pensar
Mais perco a calma
Assinar:
Postagens (Atom)