Compositor, arranjador e intérprete; editor, produtor e técnico de som; responsável pela Cereja Azul; estudante de Arquivologia na UFSC e estagiário na Fundação Franklin Cascaes. Interessado em estética, ética, psicanálise e poesia.
17 março, 2013
nessa horas da madrugada
sempre me vêm uma ou outra
árvore a fazer shh shh
mas não me calo não
canto e canto e não importa vizinho
árvore, pássaro, gato, gente, carro
só de madrugada chacoalham os chocalhos
soando as folhas shh shh
vez ou outra uns batuques de galho
de madeira do salto de piriguete
batendo no chão antes de bater à porta
tira os sapatos e esfregam as meias finas
shh shh
Se pode pé
pode ser mão
Se for olho
pode orelha
Se for nariz
Nariz será
Já, se for boca
pode ser cu.
O pau tá para os lábios
como a boceta
e seus os lábios
se beijam e se mastigam,
duros sem dentes dentadura,
se for língua lambe.
Pode ser umbigo,
e se for umbigo,
pode ter mãe
se tiver pai,
pode ser sorte.
Se for morte
só pode estar vivo
Se for, pode ser
acidente ou sem querer
querendo. Se for,
será triste se pôde ser feliz.
Se pode pé
pó de estar sob o chão
de pó, se for de estrelas
pode estar dependurado,
pode ser pelo pescoço
pode ser pela cintura,
se acorda, se não for corda
mas for amor.
pode ser mão
Se for olho
pode orelha
Se for nariz
Nariz será
Já, se for boca
pode ser cu.
O pau tá para os lábios
como a boceta
e seus os lábios
se beijam e se mastigam,
duros sem dentes dentadura,
se for língua lambe.
Pode ser umbigo,
e se for umbigo,
pode ter mãe
se tiver pai,
pode ser sorte.
Se for morte
só pode estar vivo
Se for, pode ser
acidente ou sem querer
querendo. Se for,
será triste se pôde ser feliz.
Se pode pé
pó de estar sob o chão
de pó, se for de estrelas
pode estar dependurado,
pode ser pelo pescoço
pode ser pela cintura,
se acorda, se não for corda
mas for amor.
Assinar:
Postagens (Atom)