03 janeiro, 2017

Ideologia mata

Apesar de querer alertar que qualquer cidadão pode cometer uma imprudência fatal, a meu ver o marqueteiro foi infeliz na escolha do arquétipo. São poucos os que se compadecem com animais de outras espécies ao ponto de resgatá-los, ao menos não são maioria se compararmos com aqueles que comem carne sem culpa, que testam ou usam produtos testados em bichos, ou até mesmo os extremos como caçadores e outros agressores por hobby. 

A publicidade teria mais sucesso se realmente problematizassem a maioria. Curioso o fato de a campanha evitar a alcunha cidadão de bem, usada pra chacinar uma família neste reveillon, ou o Luiz Ruas espancado no metro de SP em nome dos valores da família tradicional. Nem precisavam de modelo pra campanha, aliás, podiam nos rememorar o caso do Thor Batista.

Este marqueteiro foi muito infeliz, mas o que vale é a intenção poderão dizer, mas descuidados assim não são coincidência. Em uma campanha, mulher, aquela que resgata bichos, tem vários em casa... A outra campanha qual o modelo escolhido? Homem negro. Ainda outro faz analogia ás práticas como os Terapeutas da Alegria, outro ponto fora da curva dentro do paradigma da medicina. Entende-se a intenção da campanha do Governo Federal, mas ele não é representativo, e comete essas gafes, atos falhos, que ao inconsciente coletivo não é nada falho, é realização de desejo reprimido, nossa sociedade precisa se curar de traumas profundos. 


#ForaTemer